Ué Linton Roquette Pedroz nasceu em Vila Seca, em 1998. Ainda criança descobriu que tinha aptidões para a poesia: assobiava muito bem e mugia como ninguém. Com 7 anos, tentou voar, mas quebrou o queixo, sabe-se lá como. Ficou entrevado durante meses. E foi nessa época que descobriu Dom Queixote.
Pulou os poemas introdutórios, pois os achou longos demais. Leu dois capítulos do triste fidalgo e depois se encheu o saco. Um dia, à toa, leu um versinho de Manoel de Barros que dizia algo como “voar fora da asa” e achou que isso combinava com o seu salto infantil. Então começou a escrever versos, rimas, trocadalhos, brinquiversos, para conquistar as coleguinhas. Eis alguns:
atual mente
a tua mente
me mente
//
a porta
nom
importa
//
ó Nena, ver-
te me
envenena
Quando debutou, aos quinze anos, ganhou uma viagem para Orlândia, parque de diversões que só abre em abril e onde se encontram os maiores poetas que se dizem vivos: Feiobrício Carpiajato, Mortha Marceneira, Germinia Jaquetinha e Celsinho Gutiguti. Depois, de volta a caxias do sul, da fede, do travalho e da erodição, as editoras Malecoleco, Bolas ou Letras e De-Quatrinho disputaram suas obras a unhas e dentes, chutes e bochadas. Firmou contrato, porém, com a editora paulista Chichon, a fim de expandir o hálito. Mas essa casa editorial passou-o para trás, roubou-lhe os originais e os publicou com outro nome. Por isso, existe hoje o famosíssimo livro Eu me chamo Cléber, assinado por Jefferson Tanahora.
Para se vingar, criou uma página no Face chamada “Eu me chamo Ué Linton”, a qual não vingou, pois, segundo os faceiros, ela não era suficientemente “original”. Passou, então, a escrever sonetos tão clássicos quanto o filme A Lagoa Azul, que passa na Sessão da Tarde, e o famigerado Malhacán, um programa televisivo para Nanes em miniatura.
Levou para casa a estatueta do Prêmio Várzea™ em 2018. Hoje em dia está fazendo uma adaptação livre do clássico Fausto, de Johan Wofgang von Goethe, onde o personagem principal, atualizado para os dias de hoje, encontra-se num pacto com o capeta e, por isso, precisa se apresentar, todo domingo, no programa Domingão do Faustão.
Atualmente, pleiteia a cadeira 666 da Academia Coxinhense de Lontras.
Joanim Faropa et Pepe Caruncho
Direto da Redação
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