segunda-feira, 29 de julho de 2019

RIDENDO CASTIGAT MORES: "A REVOLTA DO MOINHO"

A triste cidade amanheceu alegre. Começou a semana de alma lavada, porque conseguiu, finalmente, chorar e rir de si mesma.

A causa: nas noites de sábado e domingo, foi levada a público, no palco da Casa da Etnias, a tragicômica peça "A revolta do moinho", escrita por Joanim Pepperoni, PhD e dirigida pelo aclamado diretor de teatro Cristian Beltrán, com elenco composto por atores do Coletivo Enredo.

A peça narra a rocambolesca história de um grupo de trabalhadores de moinhos que, nas priscas eras da Terra da Cocanha, revolta-se contra o empresariado local e pugna por melhores condições de trabalho - e de vida! Em síntese, é o oprimido polentariado que se levanta contra o opressor, cobra seu protagonismo e derruba a elite mafiosa que enriqueceu com negócios escusos, violência física e simbólica, e muito corporativismo.

O texto é, em sua essência, visionário, porque  fora do plano da ficção essa insurreição ainda está por acontecer. E a semente foi lançada pela mão do Debulhador Maneta...

O grupo de teatro está de parabéns pela dificílima empresa levada a cabo. O texto não é fácil, e o tema, delicado. Mas é necessário, mais que urgente, urgentíssimo, minar a cultura ignóbil da fé e do trabalho que sustenta esta sociedade hipócrita e a tudo devora com suas engrenagens de aço, suas correias dentadas e seus êmbolos.

Esperamos que a peça, por seu caráter de divisor de águas do Rio Tegão, tenha, em breve, novas apresentações. Ela é, simbolicamente falando, uma estação de tratamento de efluentes morais.

RIDENDO CASTIGAT MORES COCANHENSIS.

Joanim Farofa & Pepe Caruncho
Correspondentes infiltrados

----------------------------------------------------

Instantâneo com a presença do escritor 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

JOANIM PEPPERONI ENTREVISTA JOANIM PEPPERONI

Prestes a publicar o meu quarto livro neste sinistro ano de 2020, dirigi-me bem cedo até a Sala de Prensas do Observatório Colonial para...