da vida de aparências!
Cidade, triste cidade
da cultura da insolvência!
Cidade, triste cidade
das políticas arcaicas!
Cidade, triste cidade
das intenções farisaicas!
Cidade, triste cidade
da polenta brustolada!
Cidade, triste cidade
que não vai chegar a nada!
Admira-nos que, "à reveria" da sequência de ações do perfeitinho Nane contra a cultura municipal, alguém que se intitule escritor ainda aceite a indicação para o patronato da Feira do Livro. Somente alguém de mínima importância para a literatura poderia ser conivente com a agressão às políticas culturais conquistadas a duras penas e bicos ao longo das últimas décadas.
Mas, nesta triste cidade, há sempre uma raposa e um boneco prontos para exibirem a cauda e a careca aos flashes dos instantâneos das colunas sociais; um excretor que quer decolar sua carreira com qualquer tipo de pacto; um gato que se vende por lebre; etc.
Neste momento, por respeito à literatura, o mais sensato seria dizer não ao convite. Ser patrono não significa apenas dar visibilidade a si mesmo, mas também - e principalmente! - ser porta-voz dos seus pares.
Blá-blá-blá para essa Feira!
Da redação do Observatório Colonial
Joanim Farofa e Pepe Caruncho